terça-feira, 30 de agosto de 2011

A BOLA MURCHA DA DIREÇÃO DO SINDSERV

OPOSIÇÃO ALTERNATIVA DEMOCRÁTICA


Construindo um sindicalismo independente, participativo e de luta

Oposição à atual diretoria do Sindserv de São Bernardo do Campo, ligada à CSP.Conlutas

Boletim Agosto de 2011


A BOLA MURCHA DA DIREÇÃO DO SINDSERV


Sob o título “Oposição deve ter responsabilidade”, a diretoria do Sindserv publicou no dia 19 de agosto, um artigo no site da entidade fazendo novamente propaganda de si mesma, exaltando feitos não realizados e tecendo indiscriminadamente acusações à oposição. Não é novidade que esta diretoria use a estrutura do sindicato para se autopromover e caluniar os opositores ou desconfigurar fotos de membros da Oposição nos jornais. É desta forma que os diretores tem a cara de pau de se apresentarem como pais da democracia sindical, como bons exemplos, se utilizando do jornal que deveria servir para organizar a luta da categoria contra os ataques do Governo Marinho para distorcer fatos e contar mentiras. Já que a metáfora usada foi a bola, vamos ao jogo.


A JOGADA DA DIRETORIA.


Fazendo uso da estrutura sindical, a diretoria manipula informações ao afirmar que a “oposição teve quatro anos para construir uma alternativa à atual Diretoria” (grifos nossos), omite o nome do grupo e cita apenas que “membros que fazem parte da oposição à atual diretoria” ao tentarem inscrever sua chapa supostamente teriam praticado os atos “denunciados”. Com isto, a diretoria deliberadamente, e mais uma vez, tenta enganar o funcionalismo, pois do modo que escreve, deixa largas margens para que os trabalhadores pensem que tal grupo seja a Oposição Alternativa Democrática. É preciso lembrar para a diretoria que desde 2006 a “Oposição Alternativa Democrática” se apresenta publicamente como “oposição à atual diretoria”, por discordar da política adotada pelas gestões cutistas do Sindserv. E, com propostas e participação ativa nas atividades sindicais para fortalecer o Sindicato enquanto estrutura legítima para organizar a categoria, integrando as Comissões Setoriais, contribuindo no planejamento, organização e realização de reuniões com a categoria, a Oposição Alternativa Democrática sempre incentivou a participação consciente e a sindicalização dos trabalhadores, demonstrando coerência, responsabilidade e compromisso com os interesses coletivos do funcionalismo público.


O QUE REALMENTE ESTÁ EM JOGO é a perpetuação cutista à frente do nosso Sindicato, para isso vale tudo! Vejamos:


AS REGRAS. É verdade que “este Estatuto foi criado pela gestão anterior, justamente para dificultar a inscrição de chapas [mas não de todas as chapas, somente as das oposições!] e tentar manter eternamente na Direção o grupo que à época administrava o Sindicato”, porém, o que a atual diretoria do Sindserv não diz é que aquele grupo fez as alterações sob orientações da CUT. Em outras palavras: as pessoas podem não ser as mesmas da gestão anterior, mas a política de condução do Sindicato é, por isso não houve empenho em realizar as alterações no Estatuto para agora também utilizá-lo com a mesma finalidade, ou seja, permanecer à frente da entidade e continuar servindo aos interesses da administração Marinho, e não aos trabalhadores. Pelas regras do Estatuto do Sindserv somente após a inscrição das chapas a Comissão Eleitoral é constituída; os membros da Comissão Eleitoral são indicados pelas chapas inscritas e eleitos em assembleia.


A FALTA DE REGRAS. No caso da eleição em curso, a diretoria/chapa convocou assembleia para eleição da Comissão Eleitoral para as 17h30, horário de serviço de grande parte do funcionalismo, criando novos obstáculos à participação dos trabalhadores. Com esta manobra, a diretoria/chapa elegeu uma Comissão Eleitoral com membros indicadas por ela mesma. A isso se chama lisura do processo? A isso se chama transparência?


O CAMPO. A dificuldade para formar chapas, que estatutariamente atrela a uma única chapa diferentes instâncias (diretoria, conselho fiscal e conselho de representantes), condena a diretoria eleita ao esvaziamento porque exige que as chapas sejam constituídas por representantes de todas as unidades administrativas. Esta obrigatoriedade favorece quem está no poder e quem tem livre acesso ao governo, ainda mais em um governo privativista e que inchou as secretarias com cargos comissionados. Assim, um funcionário que está cercado por comissionados pode sofrer pressões para dar o nome para compor a chapa governista.
Outra vantagem do time que está no poder é o fato de ter diretores liberados que usando o carro do sindicato percorreram as secretarias buscando nomes para compor a chapa. A Oposição estava trabalhando! A Oposição está fazendo o processo de Revisão do Estatuto da Educação, está se empenhando para barrar o PCCS, está panfletando contra a terceirização da frota municipal.


Assim, os BURACOS DO CAMPO só existem para a oposição.


O JUIZ. Quem aceita a inscrição de uma chapa é o atual Presidente, logo pode fazer vistas grossas às irregularidades do grupo e ter todas as exigências para grupos opositores. Quem vai ter os dados para provar que há diferença no tratamento do grupos que desejem concorrer? Aliás foi assim que ocorreu com as inúmeras filiações que foram entregues para votar na oposição e não foram até hoje enviadas para o RH proceder aos descontos, ou seja, estes filiados não estão em dia com a entidade e não podem votar! Ah.... e se alguém quiser impugnar uma chapa concorrente, sabem que vai analisar o pedido de impugnação? A Comissão Eleitoral, que foi “eleita” com a indicação da própria diretoria e da chapa cutista, logo, o juiz não irá impugnar sua própria candidatura.


O RESULTADO VERGONHOSO. A diretoria/chapa decide com quem vai concorrer, e se vai concorrer com alguém. No campeonato eleitoral patrocinado por esta diretoria, ela decidiu jogar sozinha para não correr o risco de perder o jogo. Quem perde novamente é a categoria que fica alijada de participar democraticamente do processo eleitoral que irá escolher os representantes da sua entidade de classe.


A FRAUDE. Sentindo-se com a bola e o apito na mão a diretoria/chapa publicou os nomes que compõe a chapa faltando 6 (seis) unidades administrativas![Coordenadoria de Assuntos Governamentais, Orçamento e Planejamento Participativo, Relações Internacionais, Serviços Urbanos, Fundação Criança e ETCSBC]. Mesmo assim a inscrição foi aceita pela diretoria/chapa da CUT como chapa completa. No boletim do Sindicato MENTEM DESCARADAMENTE e ainda tentam se vangloriar de ter apoio da categoria!


CHAMADO À COERÊNCIA. Devido à dinâmica de montagem das chapas, temos certeza de que há pessoas que deram seus nomes para compor a chapa da CUT e desconhecem os fatos que explicitamos, e mais do que isso, não concordam e não compactuam com essas manobras típicas da política cutista, por isso fazemos um chamado público para que estes colegas retirem seus nomes e rompam publicamente com as falcatruas da diretoria/chapa. E, se assim o fizerem, juntem-se à Oposição Alternativa Democrática para construir ações concretas pela democratização do Sindicato, em defesa do funcionalismo municipal e contra os ataques do Governo Marinho. Nosso orgulho não está em conquistar poder, mas sim em poder conquistar coletivamente condições dignas de trabalho e salários decentes para todo o funcionalismo!


JUNTE-SE A NÓS EM DEFESA DE UM SINDICALISMO
INDEPENDENTE, PARTICIPATIVO E DE LUTA


Entre em contato por e-mail: alternativademocratica@conlutas.org


e em breve visite nosso site:
www.alternativademocratica.net.br


MARINHO TIRE AS MÃOS DA NOSSA APOSENTADORIA! NÃO AO SBCPREV


Na última quarta-feira, 24/8, a categoria deu um exemplo de coragem ao invadir o Plenário da Câmara para impedir a votação de mais um projeto autoritário do Governo Marinho – o PL que cria a SBCPrev. Os funcionários permaneceram na Câmara desde o início da sessão, buscaram dialogar e sensibilizar os vereadores para as nossas reivindicações democráticas, mas a maioria dos vereadores (15) está ensurdecida pelo apito do trenzinho da alegria de Marinho, certamente já devem ter negociado seus lugares, ou seja, devem ter trocado voto por cargos na autarquia. Nem o desgaste junto a categoria importa, estão apostando na velha história de que brasileiro tem memória curta e que o ano que vem, em que teremos eleições municipais, ninguém se lembrará desse e outros desmandos do governo e do legislativo. E, os interesses deles devem ser maiores do que podemos imaginar porque mesmo com dois pareceres jurídicos e um parecer financeiro da assessoria da Câmara apontando irregularidades no projeto, os 15 vereadores estavam dispostos a votar na íntegra o projeto. Por isso, não tivemos outra saída senão invadir e impedir essa vergonha.
Temos que denunciar sistematicamente quem está contra o funcionalismo e portanto, contra a população de São Bernardo do Campo, e exigir que representem os interesses da população e não os seus. Veja quem são os 15 vereadores: Toninho da Lanchonete (PT), Zé Ferreira (PT), Tião Mateus (PT), Paulo Dias (PT), Luizinho (PT), Matias Fiuza (PT), Pastor Ivanildo (PSB), Miranda da Fé (PSB), Ary de Oliveira (PSB), Cabrera (PSB), Gilberto (PMBD), Tunico Vieira (PMDB), Fábio Landi (DEM), Mauro Miaguti (DEM), Sergio Demarchi(PSB).


POLÍTICA DA CUT


Os jornais locais da quinta-feira, 25/8, divulgaram amplamente o ocorrido na Câmara e o ABCD Maior trouxe outra notícia curiosa: “o secretário de Governo, Maurício Soares (PT), afirmou que o Sindserv (Sindicato dos Servidores), filiado à CUT (Central Única dos Trabalhadores), não obedece a orientações da central sindical.”, dando a entender que a política da CUT é passar o trator por cima dos interesses da categoria! Está implícito na matéria que as ordens da CUT eram para que o Sindicato não fizesse nada para barrar a votação do projeto. O que nem Maurício, nem o Jornal dizem é que as propostas de enfrentamento desta política foram votadas em assembleia a partir da intervenção da Oposição Alternativa Democrática que constantemente chama a diretoria para organizar a luta. Nesta assembleia inclusive fomos chamados de demagogos porque propúnhamos ações demais para serem feitas, porque tem diretor que acha que basta marcar posição, não vê a necessidade de organizar a categoria. A proposta de invasão foi nossa, porque entendíamos que havia uma posição fechada do governo de não conversar com a categoria e por isso deveríamos radicalizar nossas ações. Novamente foi o posicionamento firme da Oposição que apoiada pela categoria que aprovou nossas propostas e levou a direção a agir. Não fosse assim a história poderia ser bem outra!


VITÓRIAS IMPORTANTES


Até agora tivemos vitórias importantes fruto da nossa luta cotidiana. O Governo Marinho protocolou o projeto na Câmara em regime de urgência sem sequer discuti-lo na mesa de negociação permanente, desrespeitando o acordo coletivo firmado. Depois as comissões setoriais se reuniram com representantes do Governo que explicou o projeto, sem nos convencer.
Reivindicamos a retirada do projeto e foi negado; o secretario de Assuntos Governamentais disse que não ia ficar discutindo, que se manteria o projeto no regime de urgência. Fomos à audiência pública, lotamos o auditório da Câmara, protestamos, vaiamos os que apoiavam o projeto do governo e aplaudimos os discursos que defendiam a democracia, o nosso direito de discutir e fazer propostas sobre o futuro da nossa aposentadoria.
Aprovamos na assembleia as ações para rejeitar o projeto e o envio do parecer técnico elaborado pelos conselheiros da FUPREM. O governo vendo nossa resistência correu para apresentar emendas, tentando aprovar o projeto, sem no entanto fazer alterações cruciais para nós e, principalmente sem garantir tempo para que a categoria de conjunto, por meio das comissões setoriais, discuta o projeto e aponte suas demandas. Mesmo assim, isto foi mais uma vitória, ainda que parcial. Ainda temos muito que lutar porque muito há a conquistar, pois na sexta-feira, 26 de agosto, o Diário do Grande ABC trouxe a manchete “Marinho descarta modificar SBCPrev”, com a notícia de que “O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), descarta hipótese de alteração no projeto de criação do SBCPrev, autarquia que irá gerenciar o sistema previdenciário municipal. A reunião que seria realizada ontem para esclarecimento do texto foi cancelada. Segundo o secretário de Governo, Maurício Soares (PT), após diálogo com o chefe do Executivo, ficou definido ser perda de tempo o encontro com representantes do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) e Fuprem (Fundo de Previdência Municipal).”. O Governo segue irredutível, por isso o Sindserv precisa urgentemente convocar a categoria para cruzar os braços na quarta-feira, estamos em estado de greve e não podemos deixar Marinho nos tratar com descaso e seguir fazendo propagandas enganosas na TV, usando nosso dinheiro para enganar a população. Se for preciso temos que ir à greve! Quem ganhou partes pode ganhar o todo, é importante lembrar que vencemos a luta contra o PPCS autoritário de Marinho, com todos os embates que fizemos ele já divulgou na grande impressa a retirada do projeto e na sequência veio com a SBCPrev. Não vamos desistir da luta contra os desmandos do Governo Marinho.


PRÓXIMA AÇÃO: Todos à Câmara Municipal, cujas sessões estão ocorrendo no Teatro Cacilda Becker, a partir das 9 horas! É preciso lotar a Câmara para mostrar para o prefeito e para os vereadores que não vamos aceitar um projeto sem discutir com a categoria! Todos juntos somos fortes!
Você que está conosco na construção de um Estatuto da Educação democrático, que esteve junto para barrar o PCCS e que agora está lutando para impedir a aprovação da SBCPrev é uma pessoa importante para colaborar conosco na organização da categoria. Junte-se à Oposição Alternativa Democrática, entre em contato pelo nosso endereço eletrônico:
alternativademocratica@conlutas.org


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