quinta-feira, 1 de março de 2012

O Gosto da Dúvida

Como era contumaz o hábito de Zé acordar e ir direto ao espelho do banheiro, a mulher com quem ele havia se deitado na noite anterior, deixou-lhe um recado a batom que dizia assim: "Noite como a nossa nunca tive igual, por isso tenho que deixá-lo".
Zé leu a mensagem várias vezes, de trás pra frente, de cima pra baixo... No entanto, não entendeu o real significado daquilo. E, o mais engraçado, era que a marca de batom com a forma de um beijo no fim do texto, era maior que a boca da moça.
Zé pensou: "Ela mente".
O dia tomou o seu rumo normal. As coisas aconteceram como sempre aconteciam. Mas Zé continuava sem entender se tinha agradado ou não a amante.
Resolveu, então, ligar para ela e perguntar o porquê daquilo tudo. Quando ela ouviu a voz de Zé, desligou imediatamente. Ele permaneceu refletindo...
Duas semanas se passaram e nada se modificara. O "andar daquela carruagem" não desempacava.
Porém, um dia, ele caminhava pela esquina de sua rua, quando avistou sua ex-amante. Sua primeira ação foi acenar para ela. De longe, a moça vinha em sua direção com saltos altos em tons de vermelho. E, cheia de paixão, exclamou: "Sentiu minha falta, né!" Zé, mais uma vez, surpreendido, respondeu que sim e correspondeu ao beijo longo, profundo e apaixonado.

MORAL DA HISTÓRIA:
Se tudo tivesse sido muito fácil e simples, será que se daria o mesmo valor?

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