terça-feira, 27 de março de 2012


(quando o mar trabalha na torreira)

ana do coveiro


as minhas armas
cordas paus braços pernas
gritos de alegria
palavras rudes quando a desilusão

o sol bate-me no rosto
rebenta em ondas de luz
na praia dos meus olhos
queimados pelo sal

o mar
que trago no corpo
fez de mim o que sou

mulher nascida na areia
que ao mar se entregou


(torreira; século XX)

http://ahcravo.wordpress.com/2012/03/27/quando-o-mar-trabalha-na-torreira_ana-do-coveiro/



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