sexta-feira, 6 de julho de 2012

A United for Iran dirige-se à 20ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas

A United for Iran dirige-se à 20ª sessão do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas:
Depois da divulgação de uma declaração conjunta por 17 ONGs, incluindo a Comunidade Internacional Bahá’í,  sobre Liberdade Acadêmica no Irã, Puyan Mahmudian, da United for Iran, organização não governamental de defesa dos direitos humanos no Irã, dirigiu-se ao 20º Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Mahmudian discutiu sua própria experiência no Irã, observando que seu desenvolvimento profissional foi obstruído pelo governo iraniano devido ao seu ativismo político. Ampliando o escopo da discussão, Mahmudian afirmou que os iranianos não estão sozinhos: “Entre março de 2009 e fevereiro de 2012, pelo menos 396 estudantes foram banidos da educação em consequência de sua pacífica dissidência política; 634 foram detidos pelos órgãos de segurança; e 254 foram condenados pelo judiciário por razões semelhantes. As autoridades iranianas demitiram mais de uma centena de acadêmicos desde 2009 com base em suas opiniões”.


Leia a íntegra do discurso abaixo.


Sra. Presidenta,


Falo em nome do Projeto de Coalizão Democrática em conjunto com a United for Iran. Meu nome é Puyan Mahmudian. Eu estive preso no Irã em maio de 2007 por trabalhar como editor de uma publicação estudantil pró-democracia. O governo forjou documentos falsos para me prender e outros estudantes ativistas. Fiquei três meses em confinamento solitário e fui torturado pelos meus interrogadores. Fui impedido de me graduar apesar de ter alcançado a sexta posição entre mais de mil candidatos no exame vestibular nacional para Engenharia Química de Polímeros.


Eu não estou sozinho. No início deste mês, dezessete organizações de direitos humanos destacaram as severas violações de liberdade acadêmica e de direito à educação no Irã, especialmente violações ao direito de expressão, associação, e reunião; e a expulsão arbitrária e exclusão de estudantes e professores com base em suas opiniões, gênero, religião e etnia.


Entre março de 2009 e fevereiro de 2012, pelo menos 396 estudantes foram banidos da educação em consequência de sua pacífica dissidência política; 634 estudantes foram detidos pelos órgãos de segurança, 254 estudantes foram condenados pelo judiciário por motivos semelhantes As autoridades iranianas demitiram mais de uma centena de acadêmicos desde 2009 devido às suas opiniões.


Mulheres e minorias étnicas e religiosas também enfrentam discriminação crescente na educação superior. Cotas de gênero, recentemente implementadas pelo governo restringem a admissão de mulheres a campos específicos de estudo, violando as obrigações legais do Irã de assegurar igualdade de direitos entre homens e mulheres à educação. E membros da Fé Bahá’í são sistematicamente alvos de perseguição e são impedidos de seguir a educação superior unicamente por causa de suas crenças religiosas.


Exigimos que o governo do Irã liberte incondicionalmente todos os estudantes e os funcionários de educação superior pelo exercício de seus direitos; que acabe com a segmentação de estudantes por causa de suas atividades religiosas, políticas ou cívicas; que sejam abolidas as cotas de gênero e discriminação contra minorias religiosas e étnicas; e garanta que as universidades sejam independentes do controle do governo e adotem padrões internacionais. Pedimos ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que trate desta questão.


Obrigado. 






Assista ao discurso em inglês de Puyan Mahmudian aqui

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