sábado, 1 de dezembro de 2012

Fred Caju no Castanha Mecânica (“12 Rotações”)



12 Rotações é a reunião dos egos incômodos assinados por Fred Caju na coluna “É NODA!” do maior blog interplanetário das Américas, o Poetas de Marte. Tudo, literalmente, gira em torno dos bastidores da produção poética: da criação à divulgação dos poemas. Ainda há um texto exclusivo para o e-book, que conta com o posfácio e revisão de Zé de Lara.

CONFIRA O E-BOOK LÁ NO CASTANHA MECÂNICA.

POSFÁCIO:
FRED CAJU, A “FEBRE DO RATO” DA LITERATURA CONTEMPORÂNEA (excerto)

          Não sou muito de escrever resenhas. Sempre preferi as crônicas sobre pontos de estrangulamento individuais ou coletivos. Mas, realmente, há muito tempo que eu não testemunhava o aparecimento de um jovem “literato” tão promissor quanto esse Fred obcecado por cajus (que, na verdade, é estudante de História, e não de Letras, como cheguei a pensar, antes de conhecê-lo). E agora iniciou-se também nas prosas gerais e nos infinitos mistérios da computação, da informática e do “pós-modernismo” neo-engajado, mas nem tão à esquerda assim. Sem falar na predisposição administrativa. É, sem nenhuma sombra de dúvida, um grande potencial juvenil, entre outros da novíssima geração contemporânea do Recife e sua área metropolitana “endiabrada”, da Besta Fera pra dentro umas duas mil e quinhentas léguas.
          (...) Evidencia-se que o jovem não é mais um daqueles charlatãezinhos poéticos que escrevem apenas quinze ou vinte poeminhas durante toda a trajetória de vida, pra disfarçar sua preguiça mental ou a incapacidade de dominar “minimamente” as dificuldades do buril estilístico. Ele está fora da embromação de certos alteregos “alternativos” (prestigitadores que disfarçam sua inanição gramatical e sintática com alguns fogos de artifício eventuais e “malajambrados”).
          (...) E olhe que eu, imparcial e sinceramente, estava predisposto a detectar as pequenas derrapagens no estilo, na gramática ou na sintaxe do jovem escriba. 
          (...) E, além do mais, o cara tem densidade existencial, é peixe de águas profundas, apesar de jovem. “Vê como um danado”. É: esse jovem tem o que dizer, o que acrescentar. Não duvidem. Tem olhos de historiador visionário e visceral. Esquarteja. Observa (fora e “dentro”). Pensa. Repensa. Intui. Tem a coragem de lobos uivantes e guarás no cio. Transgride conscientemente, sem bobeiras de repetir fórmulas autodestrutivas de vanguardas vãs ou de regionalismos caricatos ou de academicismos “fosfóricos”. (...) Não duvidem: ele vai crescer, ele vai subir. Os seus esforços são sinceros e afiados. Não é mais um embromador ou tico-tico-no-fubá. Acreditem. O cara é “profissional”.

Zé de LARA. 18-11-2012.
       

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