toda a beleza num fragmento de tempo
os moliceiros têm vela (114)
(para uma menina grande
que nunca será daqui)
preciso de falar de ti
olho e vejo e não vejo
o que vêem os teu olhos
vejo-te e uma lágrima
braços e mãos em movimento
permanente e aleatório
os sons guturais que emites
palavras de uma língua só tua
olhos como se todo o corpo eles
que vês quando olhas?
porque sorris?
que mundo é o teu?
olhas-me olho-te
tenho a certeza do desencontro
(torreira; regata s.paio; 2010)
https://ahcravo.wordpress.com/2015/06/09/os-moliceiros-tem-vela-114/
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