terça-feira, 6 de outubro de 2015

de como não devia ser

o arribar não é fácil


crónicas da xávega (98)

de como não devia ser

não sei se te sabes
se sou eu que te não sei
mas é nestes desencontros
que o presente morre
e se assassina o futuro

não me comovem as lágrimas
que não nascem das mãos
escrevo-te pregos e arame
instrumentos cortantes
ferramentas tuas de sangue fazer

o meu tempo é hoje
o teu também o será
mas são dias tão diferentes

(arribar; torreira; companha do marco; 2015)

http://ahcravo.com/2015/10/06/cronicas-da-xavega-98/

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