o meu amigo rui repara as redes da solheira
ao pescador da torreira
far-te-ás no tempo
desfazendo o que de ti
fizeram
afirmar-te-ás negando
que todo o fim
é negação de início
seres tu é tarefa
em que não podes estar só
a companhia surgirá quando
de velhas companhias livre fores
és mestre do incerto
senhor do saber esperar
por isso te digo
não
não tens o que mereces
nem ninguém te oferecerá
o teu futuro
(torreira, porto de abrigo dos pescadores)
reparar redes da solheira
http://ahcravo.com/2015/12/22/o-meu-amigo-rui/
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