segunda-feira, 1 de agosto de 2016

da amargura

cirandar

postais da ria (182)


da amargura

quando o conhecido
se torna desconhecido
é tempo de ser outro

os navios partem
sem saber de regresso
semeando o mar
de saudades amargas

fecham-se portas
outrora escancaradas
e não há janelas
por onde luz venha

é tempo de ser outro

(torreira; julho; 2016)

o manuel fonseca (tala) ciranda berbigão

https://ahcravo.com/2016/08/01/postais-da-ria-182/

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