a carregar o saco na zorra
na areia e vai com o vento
não há malhas que a prendam
e tudo flui somando-se dias aos dias
assim sempre mesmo já quando
saber-lhes os nomes hoje ainda
é mistério que não entendo
aceito
como aceitarei
o não os saber
sei que o tempo
corre numa praia
por onde passo
e já tanto passei
olho tudo com a sensação
de que estive onde estive
sempre de corpo inteiro
assim como não estarei
(torreira; 2016)
https://ahcravo.com/2017/07/22/cronicas-da-xavega-207/
Nenhum comentário:
Postar um comentário