segunda-feira, 25 de março de 2013
voltar ao mar
chega o saco
à praia
esventram-no
mãos sábias
o peixe salta
vivo ainda
enchendo os homens
de escamas e sal
engana-se quem vê
pensando que quantidade
é pão
onde anda cavala
não há carapau
onde não há carapau
falta o pão
o suor
rendeu-se ao peso
o cansaço
não deu frutos
o mar não foi mãe
o pescador
sabe que ao ir o barco ao mar
só lhe resta esperar
e
ao mar voltar
(torreira; à memória do arrais zé murta; 2008)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário