foi
tempo, ti antónio
mais
um verão
em
que demos os sorrisos
palavras
poucas
mar
tanto
peixe
algum
foi
tempo, ti antónio
cerra-se
agora a névoa
sobre
a praia
e
só a memória tudo aclara
foi
tempo, ti antónio
guardo
ainda o abano de penas de gaivota
feito
em dias de menos mar
pendurado
na corda da roupa
à
espera de quem passe e queira comprar
guardo
mais, ti antónio
guardo
um sorriso de criança
nuns
olhos azuis
perdidos
sempre mais além
além
onde você agora
ti
antónio
além
ao pé de nós
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