num cabeço da ria dois homens cirandam ameijoa, joeiram
no joeirar do tempo
não encontro nenhum dia em que
o teu nome se não inscreva
dizer-me é dizer-te
ser é seres
a nitidez seria ficção
neste reler agora dos percursos
os anos somaram-se e nós neles ainda
cada vez mais carregados de memórias
risos lágrimas beijos ternura atritos
ilusões e desilusões
somos tudo
porque tudo fomos sendo
a perfeição fica para quem mentir
é uma certa forma de reinventar o passado
e (desen)cantar o amor
ofereço-te os sorrisos
e vou guardando as lágrimas
certamente não serei o que quererias
que tivesse sido
mas não é isso
o que acontece entre o filho que se fez
e o que a mãe para ele sonhou ?
ouve mãe: eu sou
http://ahcravo.wordpress.com/2014/05/03/para-ti-mae/
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