sábado, 6 de dezembro de 2014
aos que vencem o mar
crónicas da xávega (29)
perde-se no longe do tempo
o haver mar
tarde chegou o homem
a estas praias
trazido por caminhos
perdidos por aí
cedo venceu o medo
não fora homem
cedo ganhou o mar
não fora gente
cedo comeu o estranho pão
não tivera fome
resistem ainda alguns
em praias quase desertas
abandonados à sua sorte
pelos donos da terra
eles que vencem o mar
que não temem o medo
morrem nas secretarias
assassinados por burocratas
perdem-se no tempo
sobrevivem
(praia de mira; companha do zé monteiro)
https://ahcravo.wordpress.com/2014/12/06/cronicas-da-xavega-29/
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