terça-feira, 21 de junho de 2016

a espera e a muleta tradicional




crónicas da xávega (170)




sou
o que se foi fazendo
os princípios sempre
as pedras e os afagos também
não o outro o que gostariam
que apesar tudo
continuasse
a ser

o que me dói ser assim
o ter chegado ao que sou
eu por dentro de mim e por fora
escrevo-o com lágrimas
e raiva raiva raiva raiva

um dia vou acordar nunca
para ser eu



(torreira; companha do marco; 2009)

neste registo ainda se usava a "muleta" tradicional, agora substituída por duas laterais.

https://ahcravo.com/2016/06/21/cronicas-da-xavega-170/

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