a espera e a muleta tradicional
crónicas da xávega (170)
só
sou
o que se foi fazendo
os princípios sempre
as pedras e os afagos também
não o outro o que gostariam
que apesar tudo
continuasse
a ser
o que me dói ser assim
o ter chegado ao que sou
eu por dentro de mim e por fora
escrevo-o com lágrimas
e raiva raiva raiva raiva
um dia vou acordar nunca
para ser eu
só
(torreira; companha do marco; 2009)
neste registo ainda se usava a "muleta" tradicional, agora substituída por duas laterais.
https://ahcravo.com/2016/06/21/cronicas-da-xavega-170/
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