quinta-feira, 12 de outubro de 2017
destino de pescador
não têm nome
são pescadores
só o mar a areia e o norte
os conhecem
quando por feitos
direito tiveram
a nome e o publicaram
a terra esqueceu-os
partem sempre um dia
humanos que são
perdem-se no nevoeiro
que sobre eles lançam
aqui estão todos
os que foram
os que ainda são
os de amanhã
não têm nome
não sei se o terão
(torreira; 2016)
à memória de cipriano brandão (gamelas)
https://ahcravo.com/2017/10/12/cronicas-da-xavega-212/
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