De ponta-cabeça
De ponta-cabeça, na vala comum
Entrando na fila, como muitos alguns
Passo a passo, compasso de espera
No tempo e no espaço, desfaço e refaço meus planos, cotidiano
Urge, ressurge, procuro refúgio, subterfúgios
Mergulho no escuro, criam-se bolhas, borbulhas, espocam fazem barulho
Cria, criatura, caricatura descaracterizada
Rabiscos, riscos rabiscados, sentidos arranhados
Sou eu nesse emaranhado
Estou enclausurado, segregado, segredos não revelados
Dentro do meu
casulo, bicho preso no escuro
Sou enigma, enigmático dentro do meu período sabático
Nada prático, praticamente apático
De ponta-cabeça, de cabeça para baixo
O mundo que gira, tô solto no espaço
Vivo procurando minhas peças, pra ver se encaixo
Rodando igual pião, girando sem direção
Quebrando a cabeça, procurando a minha solução, minha luz
Fugindo da síndrome do avestruz
Da hipérbole do meu ceticismo ao eufemismo fantasiado de ilusões, dentro de um túnel, tendo uma visão
Jonas Luiz
São Paulo, 13/11/17
Seja bem-vindo Jonas Luiz! Saudações Poéticas!
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