terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Região vai aceitar mais esgotos na Billings?

Da Redação

Uma péssima notícia para a região foi divulgada recentemente pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) como medida para diminuir as enchentes na Grande São Paulo. Ele autorizou a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE) a implantar mais três bombas no rio Pinheiros para aumentar o fluxo de bombeamento para a Represa Billings. Um retrocesso que derruba a conquista obtida na Constituinte Estadual (1989) proibindo esse lançamento. Diga-se de passagem, que a proibição foi resultado de uma longa luta, que se estendeu por décadas, desde o combate liderado por entidades ambientalistas contra o famigerado projeto Sanegran que pretendia, a partir dos anos 70, perpetuar o lançamento das águas sujas do Pinheiros na represa.
Se efetivada a implantação das novas bombas - duas na Usina Elevatória de Traição e uma na Elevatória de Pedreira - o fluxo de bombeamento aumentará em mais de 200 m³ por segundo. Traição passará a 420 m³ por segundo e Pedreira 395 m³ ao mesmo tempo. O volume atual de bombeamento do Rio Pinheiros para a Billings é de 280 m³ por segundo na usina de Traição, e 395 m³ por segundo na usina de Pedreira.
Até agora, a única reação a esse estupro ambiental foi do Secretário de Gestão Ambiental da Prefeitura de São Bernardo, o ex-deputado estadual Giba Marson (PV). Ele quer explicações da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado e promete ampliar a discussão com a sociedade sobre o tema, além de buscar instrumentos jurídicos para que as bombas não sejam instaladas.
Eis aqui um bom motivo para as demais Prefeituras, Consórcio Intermunicipal, Ongs e entidades de classe agirem - juntos e com rapidez - porque o processo de licitação das bombas já foi iniciado. É hora de barrar a infeliz iniciativa do governo estadual.

http://www.jornalabcreporter.com.br/noticia_completa.asp?destaque=12388, publicado 14/02/2011, acessado 15/02/2011.

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