Kelly Zucatelli
Do Diário do Grande ABC
Eles têm medo do quê? Brigam por terra de quem? Essas são algumas das questões do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) que o fotógrafo Alexandre Bigliazzi reuniu na exposição Ocupações, que abre amanhã, e fica até o dia 28 na Câmara Municipal de Santo André (Praça 4º Centenário, Centro), com entrada franca.
Bigliazzi acompanhou invasão a um terreno no bairro Cidade São Jorge, em Santo André, no primeiro semestre do ano passado. A escolha de registrar as 21 imagens em preto e branco foi proposital, para deixar grifado o semblante dos sem-teto. "Em PB fica melhor para visualizar as expressões e tonalidades. Fico mais preso ao tema e a foto tem um caráter mais dramático e dinâmico", explica o profissional.
Em uma ocupação, qual o melhor momento para clicar rostos sofridos e emocionados? Bigliazzi explica que o trabalho lhe exigiu presença no acampamento pelo menos duas vezes ao dia. "Geralmente eu ia no fim da tarde, horário em que muitos ocupantes voltavam do trabalho e assim, era mais fácil encontrá-los dentro de suas barracas. Fui algumas vezes no horário do almoço, porque a luz do dia proporciona melhores fotos", explica.
MEDO DE EXPOSIÇÃO
Por mais que estivessem literalmente ‘dando a cara a tapa'' para atingir seus propósitos, muitos dos invasores não quiseram aparecer nas imagens. "Pedia autorização e explicava o trabalho para que entendessem. Me preocupava com imagens gerais dos barracos, mas o importante mesmo era explorar as expressões, os olhares e a luta deles frente ao Paço de Santo André (nos protestos)", detalha Bigliazzi.
Ainda na linha do tema urbano, o fotógrafo acumula em seu currículo a série de fotos Os Corvos e a Cidade Abandonada, feita na Califórnia, nos Estados Unidos.
http://www.dgabc.com.br/News/5864950/um-olhar-sobre-a-rotina-sem-teto.aspx, publicado 09/02/2011, acessado 09/02/2011.
Do Diário do Grande ABC
Eles têm medo do quê? Brigam por terra de quem? Essas são algumas das questões do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) que o fotógrafo Alexandre Bigliazzi reuniu na exposição Ocupações, que abre amanhã, e fica até o dia 28 na Câmara Municipal de Santo André (Praça 4º Centenário, Centro), com entrada franca.
Bigliazzi acompanhou invasão a um terreno no bairro Cidade São Jorge, em Santo André, no primeiro semestre do ano passado. A escolha de registrar as 21 imagens em preto e branco foi proposital, para deixar grifado o semblante dos sem-teto. "Em PB fica melhor para visualizar as expressões e tonalidades. Fico mais preso ao tema e a foto tem um caráter mais dramático e dinâmico", explica o profissional.
Em uma ocupação, qual o melhor momento para clicar rostos sofridos e emocionados? Bigliazzi explica que o trabalho lhe exigiu presença no acampamento pelo menos duas vezes ao dia. "Geralmente eu ia no fim da tarde, horário em que muitos ocupantes voltavam do trabalho e assim, era mais fácil encontrá-los dentro de suas barracas. Fui algumas vezes no horário do almoço, porque a luz do dia proporciona melhores fotos", explica.
MEDO DE EXPOSIÇÃO
Por mais que estivessem literalmente ‘dando a cara a tapa'' para atingir seus propósitos, muitos dos invasores não quiseram aparecer nas imagens. "Pedia autorização e explicava o trabalho para que entendessem. Me preocupava com imagens gerais dos barracos, mas o importante mesmo era explorar as expressões, os olhares e a luta deles frente ao Paço de Santo André (nos protestos)", detalha Bigliazzi.
Ainda na linha do tema urbano, o fotógrafo acumula em seu currículo a série de fotos Os Corvos e a Cidade Abandonada, feita na Califórnia, nos Estados Unidos.
http://www.dgabc.com.br/News/5864950/um-olhar-sobre-a-rotina-sem-teto.aspx, publicado 09/02/2011, acessado 09/02/2011.
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