Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), ressaltou que valorização dos funcionários públicos não é só aumento de salário, em resposta aos Sindserv (Sindicato dos Servidores) que no dia 2 protestou, jogando bananas no hall do Paço, contra a ausência de contraproposta por parte do petista.
"Da minha parte é o seguinte: tenho compromisso com a cidade e os servidores estão incluídos. É um trabalho de valorização que, eu sempre costumo dizer, não se dá somente pelo salário, que é um item muito importante, mas não é só isso. É qualificação profissional, respeito às pessoas, temos 800 professoras fazendo pós-graduação, outro conjunto fazendo capacitação, elevação do nível escolar, o que reflete no ambiente de trabalho. E isso não se constrói de um dia para outro, é tempo, é processo", discorreu.
O petista tem sido alvo de protestos do funcionalismo, o último deles ocorreu no dia 2. O sindicato organizou a manifestação depois de não receber contraproposta à pauta de reajuste de 80% nos vencimentos - perdas acumuladas no período de 1997 a 2007, segundo a entidade.
Indagado se achava precipitado o protesto, Marinho preferiu não comentar. "Não discuto isso, depende da cabeça dos sindicalistas acima de tudo. A categoria não participa. É um protesto que vão lá 30 pessoas, 40, 50... e são quantos mil funcionários? Nem me irrito, nem discuto. Faz parte, porque cada um faz o que acha que tem de fazer."
Acerca do reles avanço salarial da categoria nos dois ano anteriores - em 2009 foi 0% e em 2010 houve incremento apenas para 40% dos 12 mil trabalhadores da máquina pública, o chefe do Executivo ressaltou que as decisões foram tomadas de acordo com o Sindiserv.
"As negociações estão acontecendo na mesa permanente. Da mesma forma com que fizemos acordos em 2009 e 2010, faremos em 2011. Temos uma mesa de negociação, que não é dizer ‘sim'' a tudo que se deseja, também não é dizer ‘não'' a tudo que se pede. É um processo de pactuação, de construção. Seguramente a mesa terá seu tempo de maturação. Às vezes, tem precipitação, mas sequer isso eu discuto", frisou o petista, líder sindical com experiência em aglutinar metalúrgicos em prol de melhorias trabalhistas e salariais e agora sofre com o movimento contrário.
Plano de cargos vai ‘clarear'' o trabalhador
Segundo Luiz Marinho, o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) que está sendo discutido com o Sindserv, paralelamente à pauta de reivindicações de 2011, é "uma ferramenta importante para clarear os servidores sobre quais as possibilidades (de ascensão profissional) dentro do processo".
O plano era para ter sido finalizado em dezembro, mas foi remanejado para maio, por conta de haver muitos detalhes e para cada um deles há ampla discussão entre a entidade que representa a categoria e a gestão petista. Após a finalização do texto, será enviado para aprovação da Câmara.
"Haverá novo enquadramento, mas é bom não especificar porque pode passar ideia errada. Negociei muita tabela de salário com Volkswagen, Scania, Ford, Mercedes... não é fácil a compreensão. Porque tem de tirar fotografia do mercado, ver o que está desajustado e ajustar com a nossa natureza. O nosso (mercado) são as prefeituras similares de tamanho e de receita", observou o prefeito.
De acordo com o petista, algumas funções da administração de São Bernardo tem vencimentos abaixo do mercado, mas a maioria está acima. "De qualquer forma temos necessidade de diminuir a quantidade de cargos. Tem função que tem uma pessoa e têm outras que não tem mais ninguém. Na verdade, o tempo já eliminou mas está lá na estrutura. Vamos construir essa modernização junto com as partes, que são a Prefeitura e a categoria. Estamos em negociação", finalizou o chefe do Executivo.
http://www.dgabc.com.br/News/5872107/melhoria-ao-servidor-nao-e-so-salario-diz-marinho.aspx, publicado 14/03/2011, acessado 17/03/2011.
Do Diário do Grande ABC
O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), ressaltou que valorização dos funcionários públicos não é só aumento de salário, em resposta aos Sindserv (Sindicato dos Servidores) que no dia 2 protestou, jogando bananas no hall do Paço, contra a ausência de contraproposta por parte do petista.
"Da minha parte é o seguinte: tenho compromisso com a cidade e os servidores estão incluídos. É um trabalho de valorização que, eu sempre costumo dizer, não se dá somente pelo salário, que é um item muito importante, mas não é só isso. É qualificação profissional, respeito às pessoas, temos 800 professoras fazendo pós-graduação, outro conjunto fazendo capacitação, elevação do nível escolar, o que reflete no ambiente de trabalho. E isso não se constrói de um dia para outro, é tempo, é processo", discorreu.
O petista tem sido alvo de protestos do funcionalismo, o último deles ocorreu no dia 2. O sindicato organizou a manifestação depois de não receber contraproposta à pauta de reajuste de 80% nos vencimentos - perdas acumuladas no período de 1997 a 2007, segundo a entidade.
Indagado se achava precipitado o protesto, Marinho preferiu não comentar. "Não discuto isso, depende da cabeça dos sindicalistas acima de tudo. A categoria não participa. É um protesto que vão lá 30 pessoas, 40, 50... e são quantos mil funcionários? Nem me irrito, nem discuto. Faz parte, porque cada um faz o que acha que tem de fazer."
Acerca do reles avanço salarial da categoria nos dois ano anteriores - em 2009 foi 0% e em 2010 houve incremento apenas para 40% dos 12 mil trabalhadores da máquina pública, o chefe do Executivo ressaltou que as decisões foram tomadas de acordo com o Sindiserv.
"As negociações estão acontecendo na mesa permanente. Da mesma forma com que fizemos acordos em 2009 e 2010, faremos em 2011. Temos uma mesa de negociação, que não é dizer ‘sim'' a tudo que se deseja, também não é dizer ‘não'' a tudo que se pede. É um processo de pactuação, de construção. Seguramente a mesa terá seu tempo de maturação. Às vezes, tem precipitação, mas sequer isso eu discuto", frisou o petista, líder sindical com experiência em aglutinar metalúrgicos em prol de melhorias trabalhistas e salariais e agora sofre com o movimento contrário.
Plano de cargos vai ‘clarear'' o trabalhador
Segundo Luiz Marinho, o PCCS (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) que está sendo discutido com o Sindserv, paralelamente à pauta de reivindicações de 2011, é "uma ferramenta importante para clarear os servidores sobre quais as possibilidades (de ascensão profissional) dentro do processo".
O plano era para ter sido finalizado em dezembro, mas foi remanejado para maio, por conta de haver muitos detalhes e para cada um deles há ampla discussão entre a entidade que representa a categoria e a gestão petista. Após a finalização do texto, será enviado para aprovação da Câmara.
"Haverá novo enquadramento, mas é bom não especificar porque pode passar ideia errada. Negociei muita tabela de salário com Volkswagen, Scania, Ford, Mercedes... não é fácil a compreensão. Porque tem de tirar fotografia do mercado, ver o que está desajustado e ajustar com a nossa natureza. O nosso (mercado) são as prefeituras similares de tamanho e de receita", observou o prefeito.
De acordo com o petista, algumas funções da administração de São Bernardo tem vencimentos abaixo do mercado, mas a maioria está acima. "De qualquer forma temos necessidade de diminuir a quantidade de cargos. Tem função que tem uma pessoa e têm outras que não tem mais ninguém. Na verdade, o tempo já eliminou mas está lá na estrutura. Vamos construir essa modernização junto com as partes, que são a Prefeitura e a categoria. Estamos em negociação", finalizou o chefe do Executivo.
http://www.dgabc.com.br/News/5872107/melhoria-ao-servidor-nao-e-so-salario-diz-marinho.aspx, publicado 14/03/2011, acessado 17/03/2011.
"Marinho diz que está conversando com a representação dos trabalhadores, mas a chamada mesa de negociação é um teatro de cartas marcadas porque dirigentes do sindicato da categoria foram cooptados pelo prefeito."(sic) Como fazer oposição sindical com tantos ex-diretores comissionados do sindicato na Administração?
ResponderExcluirSerá que Marinho, quando era presidente do sindicato dos metalúrgicos, tentaria justificar a não concessão de um aumento por parte das montadoras afirmando que "melhoria ao peão não é só salário"? O que os peões diriam disso? Aliás, Marinho, durante o governo Lula, pôde se realizar na função de pelego máximo do país, consolidando o processo de fusão dos sindicatos com o estado petista. O símbolo mais representativo desse processo é a passagem que fez, sem escalas, da presidência da principal central sindical à chefia do ministério que controla o trabalho, ou seja, de maximo representante dos trabalhadores à máximo representante do governo junto aos trabalhadores. Hoje as diferenças entre PT, sindicatos e o centro diretivo do governo federal são meramente formais. A substância que ocupa essas formas é a mesma. São como membros de um mesmo organismo e estão à serviço da mesma vontade de poder.
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