Da Redação
Para milhares de funcionários públicos de São Bernardo que se deixaram seduzir pelas promessas de “inclusão” do ex-ministro do Trabalho, ex-presidente da CUT e ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, atual prefeito Luiz Marinho (PT) o Plano de Cargos e Salários prometido durante a campanha eleitoral não passa de um fantasma. Dois anos e meio depois do início de sua gestão, tudo o que Marinho oferece, até agora, é um pedido de prorrogação – aprovado pela Câmara – para discutir o assunto com o sindicato da categoria por mais 60 dias.
A morbidez e o desprezo que a administração de Marinho dedica ao assunto de interesse do funcionalismo é inversamente proporcional à agilidade que o prefeito demonstrou, no início de seu governo, para encaminhar a proposta de reforma administrativa. Alí, ele criou diversos cargos comissionados com alta remuneração – como é o caso dos secretários adjuntos – para acomodar apaniguados partidários, muitos deles importados de Santo André após o desastre eleitoral.
Existem muitas distorções históricas e injustiças acumuladas no quadro funcional da Prefeitura e suas autarquias. Por isso mesmo, era de se esperar que o ex-dirigente sindical instalasse uma comissão negociadora que tratasse do tema com celeridade. Não parece ser esta a intenção do prefeito. Empurra o assunto com a barriga, certamente para apresentar alguma novidade no próximo ano eleitoral e, com ela, pedir para continuar à frente do Paço por mais um mandato. Aliás, esta tem sido a tônica do desgoverno Marinho: promessas e mais promessas e pouca realização. A inoperância da equipe importada, que não conhece os problemas da cidade e tampouco com ela se relaciona, é a marca da “inclusão” voltada, tão somente, ao limitado grupo que adula o prefeito.
http://www.jornalabcreporter.com.br/noticia_completa.asp?destaque=13793, publicado 03/06/2011, acessado 04/06/2011.
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