Da Redação
Na enviesada democracia brasileira, onde os programas partidários servem, tão somente, para cumprir formalidades da Justiça Eleitoral, prevalecem os candidatos sobre os partidos. Não temos aqui diferenças marcantes entre esta ou aquela legenda porque tudo depende das lideranças de plantão.
Em sendo assim, pré candidatos a prefeito nas eleições do próximo ano estão de olho no calendário eleitoral, que estabelece o dia 30 de setembro como data limite para filiações ou mudanças de partidos.
Em Santo André, o advogado Raimundo Salles (PDT) decidiu sair do Democratas porque redescobriu em sua biografia uma latente vocação esquerdista. Agora, na companhia dos trabalhistas, sente-se mais à vontade, em sintonia com grande parte do eleitorado, para disputar a sucessão do prefeito Aidan Ravin (PTB).
Em São Caetano, o vereador Paulo Pinheiro (PTB) garante: será candidato a prefeito com ou sem apoio do grupo político liderado pelo prefeito José Auricchio Jr. (PTB). O que significa, na prática, que está à procura de uma legenda para abrigar o seu projeto e de sua esposa. O mesmo ocorre em Mauá, onde o vereador Cincinato Lourenço Freire Filho (PSDC) também precisa de um partido com maior visibilidade junto à população para impulsionar sua candidatura. E em Ribeirão Pires, o vereador Saulo Benevides (PV) já se acertou com o PMDB para construir sua candidatura.
Para o bem ou para o mal, os partidos políticos do País são mera ficção, especialmente nas eleições municipais. Vai longe o tempo em que o eleitor acreditava nas legendas - como ocorreu com o MDB - Movimento Democrático Brasileiro- nos anos 70 para derrubada do regime militar e com o PT - Partido dos Trabalhadores - no início dos anos 80. O tempo passou e se encarregou de mostrar que não há exceção: todos são farinha do mesmo saco.
http://www.jornalabcreporter.com.br/noticia_completa.asp?destaque=14440, publicado 19/07/2011, acessado 20/07/2011.
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