terça-feira, 30 de agosto de 2011

Corre servidor que “a coisa” está preta




Corre servidor público que o tempo é curto para evitar a Câmara de São Bernardo aprovar quarta-feira o projeto que transforma o Fuprem em autarquia do jeito que o prefeito Luiz Marinho quer. Corre porque a maioria dos vereadores oposicionistas aderiu aos “encantos” do prefeito e certamente essa adesão não ocorreu por causa dos olhos de Marinho.

Duas comissões (Constituição e Justiça e de Finanças) rejeitaram, mas a Comissão Mista aprovou o projeto, por meio do qual o controle da autarquia será exercido por estranhos à classe, mas leais ao prefeito. Também, nas últimas horas, todos ou quase todos os vereadores da oposição alteraram a opinião e um deles tentou me provar que Marinho “está certo.” Neste “está certo” – acredite se quiser! - inclui-se a retomada de três imóveis dados pela prefeitura ao Fuprem em pagamento ao dinheiro que o ex-prefeito Maurício Soares usurpou do órgão.

Servidor, a coisa está preta. Com o pretexto de chamar a Guarda Municipal para impor ordem às sessões da Câmara, a maioria dos vereadores quer intimidá-los. Eles dizem que vocês, servidores, invadiram a Câmara na sessão da última quarta-feira e que “isso não pode”, também não se pode invadir o Palácio dos Bandeirantes para protestar, mas quem o invadiu em 1983 e o depredou foi o então deputado estadual Expedito Soares, do PT.

O apitaço que está em organização não terá êxito se vocês não solicitarem a presença de um representante do Ministério Público Estadual para acompanhar o comparecimento popular à Câmara quarta-feira de manhã. Também não terá sucesso se vocês não convidarem emissoras de rádio e televisão para fazerem flashes (notícias breves) ou transmitirem o acontecimento “ao vivo” da área do Paço Municipal. Essa é uma forma de constranger os vereadores em chamar a Guarda.

Corre, pois tudo indica que vocês foram enganados com a audiência pública com aparência de seriedade, realizada pela Câmara para ouvir suas queixas. E se não tomarem cuidados, além de terem o nome negativado no SPC e no Serasa por atrasar pagamentos do IPTU, de perderem o controle do Fundo de Previdência e de pagar salário de R$ 9 mil para os protegidos do prefeito a serem nomeados para a direção da autarquia, ainda levarão porrada da Guarda Municipal ou da Polícia Militar. Corre que o tempo é curto.

Carlos Laranjeira é jornalista.

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http://carlos.laranjeira.zip.net/, publicado 26/08/2011, acessado 31/08/2011.


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