quarta-feira, 31 de agosto de 2011

(De Eva a ave - Mulher 2011 - Textos Poéticos)


De Eva a ave

Voltamos no tempo, no servilismo que queriam de Eva
Colocando-a em débito, um apêndice do homem
No entanto, acabou-se essa treva
A mulher quis identidade, e por mais que fosse tarde
Superou-se.

Seja púbere ou anciã
Dona de casa ou doutora
Ascendendo, alpinismo da vida
Conquistando com corpo e mente sã.

Consorte da verdade que aflora
Com defeitos e qualidades
Exibe no ramo e na rima da vida
Um ser maior por dentro do que por fora.

A mulher visou companheirismo
E com otimismo, algumas acharam
Sem preconceito, com realismo
No dia a dia, na labuta, sem calvário.

Ela está dando as cartas
Mesmo podendo estar em baixa em algumas apostas
Respondendo perguntas e querendo respostas
Fazendo cair as máscaras fartas.

Pisando em farpas e seguindo firme
Deixando o passado onde deveria ficar
Se for preciso, os dedos em riste
Mostrando a força em qualquer lugar.


Mulher 2011

Frágil e forte no seu viver
Companheira na dor e prazer
Lutadora nas labutas da vida
Conquistadora de terras novas e espaços.

Mãe... Parceira e guerreira de nervos de aço
Sem rótulos, ao trabalho se deu de corpo e alma
O tempo lhe deu força, pureza e sabedoria
Fronteiras foram a baixo, o passado ficou no passado.

Em todos os cantos atualmente deixa sua marca
Com garra e inteligência dominou as faculdades
Nenhum ofício que almeja agora é inatingível.
Caíram os mitos de servilismo, força e idade.

Mulher... Amada por filhos e marido
Mulher... Adorada pela beleza e fragilidade
Dominante dos sentimentos e autoritária nos seus domínios
Rosa de beleza e, se for preciso, espinhos.

Textos: André Anlub
Imagem: Tela de Picasso
Imagem: Tela de André anlub

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