segunda-feira, 26 de setembro de 2011

(Etílico Silêncio - Texto)



Etílico silêncio

Meus silêncios são pendentes dos teus
Gritam sem som enquanto não voltas
As voltas pelos bares, garrafas e copos.

Espero-te...
Madrugadas, mágoas e salmos.

Minhas revoltas, andando pela casa
Marcando o carpete, os olhos de águas
“Socando pontas de facas”, lembrando de épocas.

Amo-te...
Te quero como eras, abstêmio e calmo.

Tua vida, falência e desgosto
Nostalgia desarrumada
Procurando encosto, gastando saliva.

E na relva... Brotam palavras ao vento
Declamas poesia, não sonhas com mais nada.

Muitos silêncios se atrelam aos de nossos rebentos
Sons de vários momentos, que por dentro se abafam
E os mesmo por vários meses e anos
Falam muita mais que um mar de palavras.

André Anlub
Imagem: Web

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