quarta-feira, 19 de outubro de 2011

(Folhas Amassadas - Texto Poético)

Folhas Amassadas

Toquei a sua face e enxuguei o seu pranto
Limpei seus lábios que mordeu e sangrou
Desfiz as tranças feitas para me salvar...
Descer do nosso castelo em chamas...

O farto fogo que você ateou.

Tudo muito claro, poesia em jogo
Mais uma vez do jeito que almejou
As rimas muito falhas, folhas amassadas
Parecem toalhas sujas que por fim deixou

O vento bate a porta, a torta ficou pronta
A chave cai ao chão, o fogo apagou
Demonstro minha fraqueza, alguém logo me aponta
Procuro em todo canto o que você já achou

Seus dedos tocam minha face de coitado mor
Esnoba-me bem baixinho ao pé do ouvido
Trata-me infeliz como qualquer individuo
Na sua vida sempre sou de ruim a pior

Os poemas saem sujos, magníficos detalhes
Bandeiras perfuradas pelas flechas dos cupidos
Carrancas dos navios, belos entalhes
Guerreiros Nórdicos, não lhe darão ouvidos

André Anlub

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