falo agora de outra escrita
de outras letras
de outras linhas
de outro poema
da vida
ainda e sempre
as mãos
serão destino dos olhos
construtoras de caminhos
e carícias
fábricas de pão
fêmeas
rudes e ásperas
ternas e solidárias
as mãos
rasgadas pelos sulcos
da ria
do mar
da terra
são ainda mãos
mães de pai de mãe
de dar
as mãos
olho-as
guardo-as no fundo de mim
para tas ofertar
como se oiro
como se sol
as mãos
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