verga-se o bordão
ao peso do rolo
não se vergam os homens
que mais são
de areia se faz
o caminho do mar
a companha é isto
o sermos todos o mesmo
e sabermos
quando um mesmo é mais
é esse o arrais
não é mais só por ser
é mais porque em tudo é
da voz às mãos
dos olhos ao corpo
ele é a companha
madrugada cedo
a quotidiana leitura do mar
o saber se
há ou não mar de largar
tarefa sua e sofrida
ombros mais largos
não
apenas ombros
de arrais
(torreira, 2007; zé pato e o falecido arrais zé murta)
http://ahcravo.wordpress.com/2012/05/21/ombros-de-arrais/
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