Capítulos 20 e 21 - O sorriso da cachorra
O Luar na Casa do Trapiche
Com o resultado do vestibular, André ficou de folga dos
estudos, só aguardando o início da faculdade. Havia seis meses que se mudara
para o bairro do Trapiche, um lugar tranquilo, e também próximo à praia, na
zona sul da cidade. Era uma casa grande, com enorme quintal, o que era ótimo
para seus cachorros; para ele era muito bom ter bastante espaço. Essa casa
antiga fora de seu avô, que já morara lá. Estava muito feliz e despreocupado.
|
Estava no quintal com seus cachorros e com seu irmão mais
novo. Brincavam de brigar com os cães por uma bola. Quando Patrícia chegou, ele
estava todo sujo de areia e muito suado. Ela chegara e ficara em pé na varanda
olhando a brincadeira. André não percebera quanto tempo ela estava ali o
observando. Ao notar sua presença, olhou para ela e sorriu, jogou a bola para
seu irmão e subiu para a varanda.
— Oi amor, você está linda! Vou tomar um banho.
Depois do banho sentaram-se na varanda e ficaram vendo o
irmão de André brincar com os cães. Conversavam e diziam como estavam felizes
por entrarem na universidade e como estava sendo bom poderem namorar
abertamente. Ele ficou ali deitado no colo dela, bebendo cerveja até a hora do
jantar. Tetê estava preparando sua deliciosa galinha ao molho pardo,
Patrícia adorava aquele prato.
Depois do jantar foram deitar um pouco na rede que ele
tinha no quarto. Era um quarto grande, e do lado esquerdo da porta ficava sua
cama. Na parede da porta ficava o guarda-roupa; do lado oposto uma pequena
escrivaninha, e acima dela uma janela de madeira que podia ser aberta por
completo e por onde entrava os primeiros raios do luar. A rede atravessava o
quarto, ficando de frente para a janela.
Não fazia calor, até
soprava uma leve brisa vinda do Atlântico, mas Patrícia havia tirado a calça e
a blusa, e ficara só de calcinha. Deitara sobre ele, que já estava na rede. Ele
observava seus belos seios rígidos e macios. A lua prateava todo aquele lindo
corpo e sobre o corpo dele ela buscava o local perfeito para se aconchegar
mais. A lua deixava um rastro de luz apenas sobre a rede. Ela então deitou a
cabeça no tórax de André e acariciava carinhosamente seu peito, com suas mãos
finas e delicadas, enquanto ele afagava seus seios e beijava seus cabelos. De
repente, ela olhou para ele dizendo:
— Eu te amo, e nunca vou deixar de te amar.
Beijaram-se e fizeram amor apaixonadamente.
Visita a seu Irmão no Recife
Antes de iniciar as aulas
da faculdade, André tinha todo tempo de folga. Então, Patrícia e ele marcaram
um encontro com Marta e um colega deles, um efeminado safado e falso, amigo de
Marta. Encontraram-se na praia da Jatiúca, onde normalmente faziam os luais,
mas nesse dia não era luau, apenas beberiam algumas cervejas. Marta falara
sobre o garoto que namorara no final do ano anterior, que era muito jovem, mas
a deixara apaixonada. E, apesar de ele ser muito novo, era muito maduro e não
aceitara um compromisso de namoro. Portanto, acabara a relação quando Marta
propôs algo mais sério. André informara ter encontrado com ele semanas antes e
que conversaram sobre isso. O rapaz falara que tinha muito que aprender antes
de morar com alguém, isto poderia atrapalhar o futuro dos dois e com certeza no
futuro iriam penitenciar-se por isso. André explicou que concordara com o
rapaz, mas Marta não entendia assim.
|
Em certo momento o amigo da Marta ofereceu um cigarro a
Patrícia, que não aceitou, e foi questionada por esse amigo.
— Ora, na frente do André você não fuma, nem bebe? Quer
dizer que também não vai à boate com a gente?
Ela olhou para André e baixinho lhe pediu desculpas, por
não ter dito a ele que tinha saído algumas vezes com o grupo e explicou que não
falara por achar que ele não gostaria. Ele levantou, pagou sua parte na conta,
despediu-se de todos, atravessou a rua e foi embora.
Na manhã seguinte,
arrumou uma mochila e viajou para a casa do irmão poeta, que havia voltado para
faculdade, depois de trabalhar um tempo e guardar algum dinheiro para morar em
Recife. Era uma casa simples e ficava ao lado de uma pequena reserva de mata
atlântica. Seu irmão ficou muito contente com sua visita. Durante o período da
manhã caminhavam pela mata, tomavam banho de rio; e conversavam muito sobre
poesia, política e, principalmente, sobre suas vidas. Seu irmão falara na vila
que André tinha matado um homem e por isso estava passando um tempo ali, enquanto
se preparava para sair do país. Todos na vila acreditaram e quando eles
passavam ouviam as pessoas cochichando. Na beira da mata havia uma bodega, onde
eles na volta para casa paravam para beber um tipo de “vinho de jenipapo” feito
pelos moradores da região. À tarde, enquanto Ângelo, seu irmão, pintava ou
escrevia, ele lia os recentes poemas escritos. E ouviam música! Depois de uma
agradável semana resolvera voltar, certo de que seu namoro não daria mais
certo.
Chegando a Maceió, viu
que em casa estava tudo normal. Não tinha nenhum recado, Patrícia não o
procurara mais, o que o deixou tranquilo. No entanto, um dia depois de sua
chegada, Patrícia fora até sua casa. Foi uma surpresa. Ela estava linda como
sempre, usava calças jeans e colete branco, sem mangas. Pediu-lhe desculpa,
dizendo que se arrependera de não lhe ter falado sobre aquele assunto e que não
achava justo terminarem por tão pouco um amor como o que eles estavam vivendo.
Ela o abraçou e chorou; ele levantou-lhe a cabeça e a beijou, percorrendo suas
costas por baixo da blusa e desabotoando seu sutiã. Deslizou a mão para seus
seios, abrindo-lhe o colete, e beijou seus mamilos, ajoelhando-se para beijar
também sua barriga e poder abrir sua calça e acariciar seu sexo, primeiro com a
mão, depois com a boca. Ela deitou-se ali mesmo no chão, apertando suas coxas
na cabeça dele e contraindo-se de prazer. Ele a pegou nos braços e a colocou
sobre a cama e de lá só saíram quando já era noite.
Nenhum comentário:
Postar um comentário