Coruja divina
Está aí o andarilho solene
que faz de outros momentos
as paixões e excitações
deixando o vil preconceito
que persevera em ser perene.
Num dia de sol ardente que valha
a muralha que por baixo é gigante
não protege seu corpo franzino
num palco de versos ululantes
de bons bordões qual malária.
Afiando a ponta da língua
anabolizada ao som de sereias
poemas escritos em areias
e músicas e rosas e tintas.
Vê-se a razão que não mingua
fala-se em matrimônios – mistérios
infindos sem afins nem começos
assim dá-se o nome de vida.
E lá se foi solene andarilho
buscando a grandeza que ensina
fazendo da vivencia uma causa
na cauda da coruja divina.
André Anlub®
(3/3/14)
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