sábado, 8 de novembro de 2014

postais da ria (34) - eu


perdidamente
inventar as cores e as coisas
despovoar a paisagem
como se tudo já tivesse sido
para voltar a ser de modo diverso
recriar recreando
a luz e a sombra
o doirado que semeio
a prata lançada sobre as águas
o rebrilhar da criação
o fazer
dentro do tempo um homem sorri
é uma criança traquinas
que nunca cresceu
sou eu

(ria de aveiro; torreira)

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