sábado, 30 de dezembro de 2017
vou por aí
não conto os dias
foram são serão
sempre dias
conto risos e lágrimas
por chorar
os que se lavam em lágrimas
não imaginam como é
ficar sujo por falta delas
conto as mãos
as dadas as negadas
as que nunca e as que sempre
as do engano também
conto sonhos e desilusões
amigos que morreram
e outros que partiram
sem morrer
conto-me como coisa outra
um eu dentro de mim
revisito-me para me ver melhor
sinto que algures fui
hoje como sempre
vou por aí
sim amigo poeta
vou por aí
enquanto puder
vou por aí
vou por aí
(por aí; ao pé do mar; num ano qualquer)
https://ahcravo.com/2017/12/30/maos-de-mar-39/
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