sábado, 15 de dezembro de 2018
se houver deus
como se um soldado
desconhecido
perdido nos areais da costa
estreita-se o horizonte
esfumam-se os tempos de fartura
caminha ainda
interrogo-me por quanto tempo
quando já não os houver
erguerão monumentos
escreverão histórias
venderão livros e obras bastas
quando bastava terem feito
tão pouco para que a história
fosse outra
não lhes perdoeis senhor
que quem manda
sempre perdoado é
(espinho; 2012)
https://ahcravo.com/2018/12/15/cronicas-da-xavega-281/
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