não escrevo o teu nome
falo de ti
como se da ria do mar
memória de um tempo
agora que o retornar
se aproxima
são mais fortes os gestos
os silêncios
as bateiras
as cabritas as redes
a ausência
imagino-te aqui
onde estás sempre
sem nunca teres estado
mas és tantos quantas
as imagens de ti
não escrevo o teu nome
porque não o podes ouvir
para me responderes
como era costume
o que é cravo?
(torreira; safar redes; porto de abrigo; 2013)
https://ahcravo.com/2019/06/13/postais-da-ria-305/
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