colhe de madrugada
as mais límpidas palavras
orvalhadas de sonho
no côncavo das mãos
sente-as crescer
sente-as
depois ergue os braços
entrega-as
à brisa da manhã
não importa se as conheces
sequer se as amas
liberta-as
serão elas o poema
que nunca escreveste
(torreira; 2010)
https://ahcravo.com/2020/04/16/cronicas-da-xavega-343/
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