terça-feira, 26 de julho de 2016

do cigano




crónicas da xávega (177)


do cigano

pesam-me os dias
de tanta desilusão

olho tudo como se
me despedisse

cheio de memória
sei que parto
dobrado ao peso
de ter tentado

vivi demasiado
o que não devia

quem te mandou cigano
pensar ter casa

(torreira; companha do marco; 2010)

o luciano e o trovão, ainda andavam ao mar, a carregar o saco

https://ahcravo.com/2016/07/26/cronicas-da-xavega-177/

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