quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Silêncio comprometedor

Da Redação




Muitas dúvidas ficaram no ar durante e após o tumultuado - e acelerado - processo de votação de criação da autarquia SBCPrev que passará a gerenciar a Previdência dos funcionários públicos de São Bernardo.

A primeira delas é porque houve tanta pressa, por parte do Poder Executivo, em enfiar goela abaixo dos servidores o projeto que retira deles o comando da gestão de seus próprios recursos.

A segunda é porque o Sindicato da categoria não convocou assembleias para discutir o assunto diretamente com os principais interessados. O Executivo argumenta que o tema foi exaustivamente debatido com as comissões do Sindicato e do Fuprem, órgão que é extinto em plena vigência de mandato de seus dirigentes.

Fica sem resposta, também, porque a conta do gerenciamento - a ser paga pelo contribuinte - vai aumentar dos atuais R$ 400 mil/ano para cerca de R$ 22 milhões/ano.

A dúvida maior, entretanto, recai sobre a bancada de sustentação do governo. Por que os nobres edis se recusaram a debater o assunto? No plenário, timidamente, o líder do governo limitou-se a repetir a palavra de ordem coordenada pelo Executivo de que não havia necessidade de mais debates.

Certamente, longe da visibilidade do Poder Legislativo, o governo deve ter usado argumentos fortemente convincentes para disciplinar seus apoiadores. Porque o desgaste dos 14 vereadores que votaram a favor da proposta é inevitável e será conferido nas urnas no próximo ano. Porque servidor público talvez não seja eficiente para eleger vereadores, mas tem uma força arrebatadora quando se trata de queimar o filme de seus desafetos.

Salvam-se desse caldeirão, os vereadores Admir Ferro (PSDB), Tudo Azul (PSDB); Estevão Camolesi (PPS) e Marcelo Lima (PPS) que votaram contra, além de Fábio Landi, que subiu no muro e se absteve.

http://www.jornalabcreporter.com.br/noticia_completa.asp?destaque=15204, publicado 02/09/2011, acessado 07/09/2011.

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