terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Questão de sexo

Já vou adiantando aqui para os mais "saidinhos" que o assunto do qual tratarei neste post não diz respeito exatamente sobre o ato sexual, mas o tema é o casamento. Bom nem sempre o é, certo? As pessoas casam por vários motivos, verdade, não somente por amor, paixão, conveniência. É óbvio que para conviver diariamente sob o mesmo teto com alguém (os mais tradicionais) deve-se haver afinidades, até mesmo para aqueles mais moderninhos, que se consideram casados, mas vivem separadamente. Também é sabido que nossos amigos possuem afinidades, gostos semelhantes aos nossos, mas isto não significa que casaremos com eles, certo? Então, você deve estar pensando "Lógico, tem que sentir atração pelo(a) parceiro(a) para casar". Não necessariamente, muitos casais se juntam pelas afinidades, pela boa conversa, por motivos financeiros, sociais, profissionais até, e não fazem tanto sexo quanto gostariam, a não ser com outras pessoas fora do casamento. É verdade! Hoje em dia, casar é uma coisa que vai do íntimo de cada um, é uma forma de se sentir seguro e preenchido no mundo. O motivo mais comum, que leva pessoas a casarem, seja no civil ou na igreja, é o sexo realmente, mas pode observar que tais uniões não duram. Poucos sortudos têm no casamento um sexo satisfatório e outro prazer na companhia do cônjuge. O interessante de toda esta conversa aqui é questionar as reais inclinações do homem e da mulher  para o casório, o motivo (diferente para ambos) e também os pontos em comum, porque é muito gozado perceber a facilidade com que as pessoas se casam, juntam os trapos, mantêm um compromisso, entre outras denominações...
Tudo bem que existe muita gente solteira ainda, mas os "casados", na minha opinião, são a maioria. Eu mesma poderia estar casada se não tivesse escolhido mal, pronto! Ou não? Quem sabe! Mas a questão é o sexo, é o gênero. Homens (sem generalizações, mas de acordo com pesquisas) são menos preocupados, menos organizados, mais infantis, mais visuais, contam mais vantagens, enfim, divergem das mulheres exatamente sob esses aspectos, pois elas são mais ansiosas, mais organizadas, amadurecem mais cedo, mais auditivas, não se viram muito bem sozinhas, precisam constantemente de atenção, etc. Por isso que o casamento é algo sério, que só pode dar certo se homem e mulher dialogam frequentemente, demonstram interesse em conhecer um ao outro. Sei de gente que imagina que casando amadurece, cresce como pessoa ou profissional, bobagem! Ninguém muda com o casamento. Só piora! (risos). Quando eu era pequena, ouvia dizer que um casamento sem admiração acarreta fracasso. O que é admirar alguém? Antes de responder a esta pergunta,vale aqui citar uma antiga professora que eu tive na época da faculdade, que afirmava ser a razão da união entre duas pessoas o reflexo delas mesmas. Lembram Narciso? Da Mitologia? É por aí... Logo, concluí que, para que admiremos alguém,devemos nos enxergar nessa pessoa, de alguma forma,nem que seja a consciência de uma possibilidade de sermos como ela. O caminho para escolher,de repente, a pessoa que vai nos fazer felizes pode ser este, o de nos assemelharmos a ela. Ou não? E aquela história de que os opostos se atraem, hein? Só se atraem num primeiro momento e depois cada um vai pro seu lado... Ou você é desses que raciocinam assim: Se alguém não possui os mesmos defeitos que eu, creio em um relacionamento produtivo e duradouro. Portanto, para casar tem que optar por um indivíduo com temperamento diferente de si próprio. Mas agora eu lhe pergunto: homens e mulheres já não são suficientemente diferentes entre si? Ou esta afirmação, de que homens são de Marte e mulheres são de Vênus,é balela? Podemos compará-la a ideia e à prática do casamento? Meros acordos sociais, convenções, estereótipos, conto de fadas? Outro dia,li num artigo que os homossexuais são mais seguros (os decididos e que já saíram do armário, da gaveta, etc), e quando casam ou se unem a alguém do mesmo sexo é devido ao sentimento e só, ao querer compartilhar a vida em comum. Tanto é que a maioria vive na sua, reclusos. E tais uniões duram mais que as de heterossexuais. Afinidade nesse caso até demais, não? Com a internet e as novas formas de comunicação, muitos casados buscam distração, preenchimento, prazer fora do seu casamento, com outras pessoas, porque se cansam da rotina, será? Será que, apesar de sermos seres sociáveis, de termos a necessidade da troca de energias com outros seres, nascemos para não nos envolver prolongadamente com um único indivíduo dentre os bilhões e mais algumas contas? Será que se não houvesse mais casamento, seríamos mais realizados? Teríamos mais liberdade? Para durar uma união, precisamos levar um tempo a fim de conhecer profundamente alguém e não nos arrepender depois? Ou o risco é uma oportunidade para conhecer a si mesmo? Casar é arriscado? Casar é coisa ultrapassada? Casar é bom? Casar é algo que acontece só com as almas que são gêmeas? Ou casamento não pode ser definido, como o amor? O que você pensa e/ou sente com relação a isso?

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