sábado, 2 de julho de 2011

Dívidas, o jeito petista de oprimir o trabalhador



Da Redação

Para manter suas cidades em condições de receber repasses dos governos federal e estadual, os prefeitos de Santo André e Ribeirão Pires foram obrigados a fazer malabarismos financeiros e administrativos nos orçamentos deste e do próximo ano. Isto porque foram surpreendidos com pesadas dívidas que herdaram de administrações petistas que os antecederam.
Ironicamente, os governos eleitos com a sigla do trabalhador deixaram de recolher, ao longo de uma década, as contribuições previdenciárias devidas ao Pasep, Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público. Foram à Justiça, obtiveram medidas liminares, mas deixaram de fazer provisões para o caso de perderem as ações. E foi o que aconteceu.
Aidan Ravin (PTB), de Santo André, renegociou uma dívida consolidada de R$ 82 milhões do Pasep não recolhido desde junho de 1999 – administração Celso Daniel (PT) - e outubro de 2008, do companheiro João Avamileno (PT). O total da dívida será pago em 161 parcelas de R$ 588,6 mil a partir deste mês.
Clovis Volpi (PV), de Ribeirão Pires, renegociou R$ 16 milhões também de dívidas com o Pasep correspondentes ao imposto não recolhido desde 2000. O pagamento foi dividido em 60 parcelas de R$ 268.581,76 também a partir deste mês.
A decisão dos governos do PT de não recolherem direitos trabalhistas e de também não deixarem reservas pesa, agora, sobre os ombros dos sucessores. O dinheiro que será deslocado para cobrir os rombos falta, neste momento, para fazer reajustes de salários. Certamente, na lógica de quem criou o problema e o empurrou para frente, o ônus político do desgaste com os servidores também recairá sobre os atuais administradores.
Uma lógica perversa e irresponsável, lastreada na teoria de impor aos adversários o quanto pior, melhor.

http://www.jornalabcreporter.com.br/noticia_completa.asp?destaque=14131, publicado 29/06/2011, acessado 02/07/2011.

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