sexta-feira, 8 de julho de 2011

Marinho empastela relação com servidores



Da Redação

Perdendo, mais uma vez, oportunidade de se calar ou dizer algo relevante sobre a precária relação que mantém com os servidores públicos de São Bernardo, o prefeito Luiz Marinho (PT) deu mais uma demonstração de arrogância ao afirmar que “fazer greve não é como fritar pastel na feira”.
Faltou até mesmo com respeito aos feirantes, que atravessam madrugadas geladas na preparação dos pastéis que vão fritar para os clientes a partir do momento em que os dias amanhecem.
Para quem recebeu uma estrutura montada por seus antecessores no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, entre eles o ex-presidente Lula, fazer greve foi sim, mais fácil do que fritar pastel. Porque o grevismo dos anos 90 azedou as relações trabalhistas e provocou êxodo de muitas empresas da região. O imenso desemprego foi marca registrada da gestão de Marinho à frente daquela entidade.
O que Marinho não consegue explicar é porque privilegia as terceirizações no lugar de construir uma relação no mínimo humana com os servidores municipais. Dois anos e meio após ter assumido o mandato, nenhum avanço foi conquistado pelos trabalhadores que não conseguem nem mesmo repor a inflação em seus salários.
O plano de carreiras proposto por Marinho é um acinte à dignidade dos servidores porque os submete a critérios de avaliação que serão feitos por apaniguados - comissionados pelos dirigentes de plantão - ao mesmo tempo em que retira conquistas históricas dos funcionários.
O ex-sindicalista, ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores) ex-ministro da Previdência e do Trabalho continua devendo explicações, tanto para os trabalhadores como para a população, sobre a que veio. A não ser que sua “mudança” seja, efetivamente, passar um rolo compressor sobre os funcionários.

http://www.jornalabcreporter.com.br/noticia_completa.asp?destaque=14283, publicado 08/07/2011, acessado 08/07/2011.

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