Camila Brunelli
Do Diário do Grande ABC
Prefeitura de São Bernardo autorizou a derrubada de 953 árvores pela Construtora MZM, em terreno que fica na região do bairro Assunção, vizinho ao clube Mesc. A empresa informou que ainda não sabe o tipo de empreendimento que será construído no local.
A maioria das árvores - placa no local informa que são apenas eucaliptos, mas moradores dizem que havia outras plantas - foi derrubada semana passada, conforme moradores dos prédios vizinhos relataram ontem à equipe do Diário. A Prefeitura informou que o terreno não é área de preservação e que haverá compensação ambiental.
Futura moradora de um dos condomínios da Avenida Dom Jaime de Barros Câmara, que faz divisa com o terreno na parte dos fundos, a dona de casa Luciana Santos, 30 anos, está montando o apartamento para morar com o marido e os dois filhos.
Ao abrir a janela de um dos quartos, semana passada, deu de cara com uma imensidão de troncos de árvores jogadas no terreno vizinho. "Quando meu pai precisou tirar uma árvore do terreno dele foi supercomplicado. Tivemos até que plantar outra para poder cortar aquela."
A placa que consta na única entrada do terreno, na rua João Augusto de Souza, informa o número da autorização de corte, do alvará de funcionamento e qual será a compensação pela derrubada das plantas: ‘Plantio de 1.500 mudas de árvores específicas nativas da Mata Atlântica no interior do imóvel' e doação de 10.311 mudas para o município. Apesar de a empresa só citar os eucaliptos, os moradores garantem que havia outras espécies no terreno.
A administração municipal, por sua vez, informou que trata-se de terreno particular, tombado provisoriamente pelo Compahc (Conselho Municipal do Patrimônio Artístico, Histórico e Cultural), que autorizou o corte das árvores, sob a condição da manutenção do contorno da área e uma faixa de dez metros com cobertura vegetal.
Clube Mesc
Do Diário do Grande ABC
Prefeitura de São Bernardo autorizou a derrubada de 953 árvores pela Construtora MZM, em terreno que fica na região do bairro Assunção, vizinho ao clube Mesc. A empresa informou que ainda não sabe o tipo de empreendimento que será construído no local.
A maioria das árvores - placa no local informa que são apenas eucaliptos, mas moradores dizem que havia outras plantas - foi derrubada semana passada, conforme moradores dos prédios vizinhos relataram ontem à equipe do Diário. A Prefeitura informou que o terreno não é área de preservação e que haverá compensação ambiental.
Futura moradora de um dos condomínios da Avenida Dom Jaime de Barros Câmara, que faz divisa com o terreno na parte dos fundos, a dona de casa Luciana Santos, 30 anos, está montando o apartamento para morar com o marido e os dois filhos.
Ao abrir a janela de um dos quartos, semana passada, deu de cara com uma imensidão de troncos de árvores jogadas no terreno vizinho. "Quando meu pai precisou tirar uma árvore do terreno dele foi supercomplicado. Tivemos até que plantar outra para poder cortar aquela."
A placa que consta na única entrada do terreno, na rua João Augusto de Souza, informa o número da autorização de corte, do alvará de funcionamento e qual será a compensação pela derrubada das plantas: ‘Plantio de 1.500 mudas de árvores específicas nativas da Mata Atlântica no interior do imóvel' e doação de 10.311 mudas para o município. Apesar de a empresa só citar os eucaliptos, os moradores garantem que havia outras espécies no terreno.
A administração municipal, por sua vez, informou que trata-se de terreno particular, tombado provisoriamente pelo Compahc (Conselho Municipal do Patrimônio Artístico, Histórico e Cultural), que autorizou o corte das árvores, sob a condição da manutenção do contorno da área e uma faixa de dez metros com cobertura vegetal.
Clube Mesc
O vizinho mais incomodado com a devastação da área é o Clube Mesc. Na área, frequentada por pelo menos 16 mil pessoas por mês, há cerca de 1.200 pés de café e 150 árvores frutíferas - além dos eucaliptos. No clube também há pelo menos uma mina de água, que um dia já oxigenou três lagos de cerca de 900 mil litros cada. "Só que há uns 20 anos construíram usina de concreto, que deteriorou a qualidade da água e acabou com a nossa nascente", lamentou o gerente geral do clube, Ademir Pedroso.
Com o tempo, foi necessário aterrar dois dos lagos e fazer um jardim e dois campos. O último lago, disse ele, foi suprimido há cerca de cinco anos. "A mina não dava conta de oxigenar a água e tive que acabar com ele para não ter foco de dengue." Atualmente, resta apenas um fio de água barrenta.
http://www.dgabc.com.br/News/5902617/empresa-derruba-953-arvores-em-s-bernardo.aspx, publicado 28/07/2011, acessado 15/08/2011.
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