sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Quando você se deixa levar...

É comum as pessoas ao se conhecerem e ao saírem juntas não pararem de falar, de contar sobre casos e mais casos de suas vidas e das dos outros também.
Quando acontece isso, perde-se a espontaneidade e o que poderia ser bacana, mais verdadeiro, não o é.
As pessoas estão muito preocupadas em serem interessantes aos olhos dos outros, sem saberem qual o sentido diante disso tudo. Pra quê? Pra não se sentir sozinho (a)? Não adianta, pois a solidão é um estado pelo qual todos nós passamos de vez em quando, até mesmo os mais enturmados e populares. E o pior é se sentir só no meio de muita gente. Por isso é importante deixar estar, se deixar levar pelo momento, sem ter aquela pressão de agradar, de se mostrar alguém com mil atributos e qualidades a fim de conquistar aliados ou amigos por aí...

Amigos de verdade são raros. Amigos sabem que quando não há som entre eles, as almas conversam, sem incomodação ou constrangimentos. Eles podem ficar em silêncio, contemplando a mesma paisagem ou um mesmo pensamento e se curtirem dentro desses momentos.

O bom de trocar ideias ou compartilhar a nossa vida com outra pessoa é nos sentirmos confortáveis pra falar quando dá vontade e dizer o que sentimos sem ter que esconder, por medo de não ser aquilo que o outro estaria disposto a ouvir.
Até mesmo com pessoas com temperamentos diferentes pode ser assim, de um jeito mais leve, mais autêntico. Inclusive, é bem melhor não atropelar o tempo para que o outro nos conheça e perceba o quanto poderá aprender conosco, exatamente por sermos de um modo diferente dele.

Mas vejo e experiencio pelas andanças e caminhos da vida que a maioria das pessoas prefere se esconder por trás das aparências ou não se mostrar completamente, por receio de não agradar ou não suprir às expectativas do outro.
Não devemos esperar nada antes de conhecer alguém; não criar ilusões ou moldes, esperando que o outro nos corresponda.

Devemos sim é deixar fluir a energia que emanamos e recebemos, tentando nos doar na medida do possível para transformar a nossa e a vida do outro a quem dispensamos um pouco da nossa atenção.

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