domingo, 17 de junho de 2012

Uma pulada de cerca

O embuste e o arcano entram pelo cano quando se descobre o amor
Descem aquém do ralo e perdem o faro como um cão sem dono
O amor é colosso, multicolorido e de aura desmesurada
Por si só já é um exército - não necessita armada nem patrono.

Manda calar em silêncio e desmascara a arrogância
Jamais conheceu a ganância, nem tampouco a demência.
Mas o amor pode ser confundido...
Por um ser oprimido que arquiteta sua inocência.

Como uma alta montanha é a deleitosa paixão
Mas não esse monte que logo vem na mente - com neve
Está mais voltada para uma muralha - um vulcão
Pode ficar eternamente em uma vida ou ser breve
Ou uma deliciosa e passageira emoção.

Em suma... Agarre-se nessa dopamina
Se dope do casto e verdadeiro anseio
Arrume um meio de dobrar essa esquina
Depois retorne a rua calma da sua história.

André Anlub

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