Capítulo 12 O sorriso da cachorra
Estudo na Casa de Patrícia
Era um dia de sábado, final de semana que antecedia a semana
de provas. Havia combinado com Patrícia, Marta e o “Doutor” para estudarem
Física e Matemática na casa de Patrícia. Fazia muito calor e eles estavam com
roupas leves. Quando ele e o “Doutor” chegaram, Marta já estava com Patrícia
aguardando-os. Foram, então, para um gabinete tipo garagem.
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A casa dela ficava na parte alta da cidade, com uma vista
para a lagoa Mundaú. Era uma casa grande de dois pavimentos, com muitas
plantas. O pai de Patrícia era um entusiasta por plantas. Ela estava de bermuda
jeans e blusa verde, sem mangas, cabelos presos e, como sempre, muito cheirosa.
André ficou louco para beijá-la, mas não podia. Assim, sentaram para estudar. O
“Doutor” daria umas explicações de Matemática e ele, de Física.
Trinta ou quarenta minutos depois de iniciarem os
estudos. Entraram no local duas meninas,
eram as irmãs dela, a mais velha estava de biquíni amarelo, tinha cabelos
curtos cacheados e era um pouco mais alta que a mais nova, que tinha 17 anos e
era linda! Tinha lindos olhos negros redondos e pequenos, que quase se fechavam
quando sorria; cabelos pretos e bem curtos, lisos, penteados para o lado. E um
lindo rosto, de pele macia como um pêssego maduro. Estava de biquíni azul e uma
saída de praia tipo indiana. Tinha os seios pequenos e agressivos, uma cintura
perfeita, e pernas que deixaram André meio desconsertado. A menina era dona
também de coxas grossas e perfeitamente torneadas, e de um bumbum durinho e
empinado.
Ele, por certo momento, se distraiu. “Que menina bonita!”
– pensou ele. Cecília era o nome dela. Havia estudado anos anteriores na mesma
escola que ele, mas ele não se lembrava dela. Era deslumbrante, porém ele não
podia nem pensar nela, estava apaixonado por sua irmã e, como o sentimento que
concebia por Patrícia era muito grande, não conseguia admitir outro desejo. Ela
o cumprimentou de forma muito tranquila, porém diferente de sua irmã mais
velha, já que tinham a mesma idade. Na verdade houve certa simpatia entre os
dois.
Cecília foi embora, mas
André não conseguia parar de pensar no quanto ela era linda e como seu corpo
escultural era perfeito: cintura fina como se tivesse sido esculpido à mão,
bumbum empinado e firme, coxas trabalhadas... Não! Ele não pensaria nela jamais,
estava apaixonado por Patrícia.
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*Daniel Barros, 44, escritor e fotógrafo alagoano residente em
Brasília, é autor dos romances O
sorriso da cachorra, Thesaurus, 2011, Enterro sem defunto,
Editora LER, Coletânea Contos Eróticos
e Contos Sobrenaturais Enquanto a Noite
Durar editora APED.
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