silencioso, o baixo mondego passa por mim
como somos breves
como é ilusório este corpo onde
pendurado o pensar
sento-me e vejo que tudo passa
num infinitésimo de tempo
passado presente e futuro estão
caio e levanto-me ainda
sorvo o instante como se o último
e grito como se nascesse
digo de mim
(da janela do comboio, algures entre coimbra e a figueira da foz)
http://ahcravo.wordpress.com/2014/04/27/digo-de-mim/
Nenhum comentário:
Postar um comentário