maria de fátima, nele se depois de mim, irei ao mar
não
não me quero
à sombra dos ciprestes
no subterrâneo rumor dos vermes
sob flores de plástico
deixem-me ser
ainda que por breves instantes
espuma no bramido das ondas
abraçar uma última vez o mar que tanto amei
não manuel
não quero ir de burro
mas de barco
deixem-me
desejar onde estarei
quando já não for
(torreira; companha do marco; 2013)
http://ahcravo.wordpress.com/2014/05/17/carta-a-quem/
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