quinta-feira, 12 de junho de 2014

A lisura da mentira mais pura


A lisura da mentira mais pura

Toques de melancolia e enfoques de respeito
e o grito ecoa, assim, saindo do peito.
O ar rarefeito e o vai e vem de pernas
acorda – hiberna... Como alguém havia dito.

Na cabeceira os anéis de ouro branco
o pranto nos olhos reflete no espelho.
As mãos lavadas na pia do banheiro
e na cozinha a sinfonia de um ovo frito.

Uma caixa se abre e aquele lindo presente
que lembra o passado e prevê o futuro
que faz inoportuno me dizer doente
e assim, tão ausente, enraizar no escuro.

Eis o calor dos novos tempos
nas fronteiras ultrapassadas que lapidam os dias
nas vias congestionadas por carros e catarros
e o odor do suor mais limpo da história
que se espalha aos ventos.

E há o doce momento
uma dentada na fruta
a amada desfrutada na tonalidade da vida
nos botões das flores e nos de liga e desliga.

O sol que ofusca os olhos é o mesmo que ilumina os caminhos.

André Anlub®

Nenhum comentário:

Postar um comentário