Ponderações “nas internas”
O embuste e o arcano entram pelo cano quando se descobre o amor!
Deixo o amor navegar à deriva, sem remos, sem velas, por sobre a aquarela da conturbada, valiosa e eterna maré da vida.
Vi nascer o amor - vi morrer a aflição: moribunda e vadia, sem velório ou enterro, sem desespero e futuro, sem carpideira; morreu fuzilada na fronteira em um muro.
Só o amor constrói... às vezes imponentes casebres de madeira, às vezes impotentes castelos de areia.
O amor é intrínseco no ser mais brioso, meticuloso com a mais esplendida jornada; eleva as nuvens, voando baixo, o ser vistoso, sempre o amparo da sensação resignada.
O amor é a maior das certezas, e mesmo assim acontecem infinitos equívocos.
Nossos melhores anticorpos: Amor e bom humor
O amor acontece aos poucos, como flocos de neve em telhados; é o branco aos olhos dos loucos; são espelhos da lua dos bardos.
O amor é tudo, com as devidas exceções.
De ínfima palavra é feita o amor:
não tem vírgulas, pontos, nem mistério no ar;
não é soneto, acróstico, trova ou cordel;
Não há essência, engano, acertar ou errar;
Não há contras nem prós... é somente, tão somente “nós”.
Na luz da lua o amor é mais esplêndido: não há fome, não há sono, não há lamento... Como um eco a razão transcende o vale, vara a noite além do tempo, e no auge do entendimento, no breu noturno, despenca.
O amor o fez de servo, à mercê do seu regalo; diluiu-se em seu cerne, atravessou o fino gargalo; qualquer ante desafeto agora é reto, sombra e estalo.
O amor endossa, emboça e adoça a vida.
Aquela garrafa de café para o amor e para o ódio outra de chá de sumiço.
André Anlub®
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