o arribar da mão de barca
tudo fica agora longe
próximas
as imagens as memórias
o sentir ainda
descrevo o que vejo
ou sinto quando olho
e escrevo porque
as palavras
crescem da imagem
como da terra a árvore
e eu
eu sou ainda
o que não vai haver
parado num tempo
em que fui demais
para não voltar a ser
espero-vos
onde a espuma
adormece na areia
e há sempre esperança
de haver mar
até um dia
(torreira; 2011)
https://ahcravo.com/2017/03/24/cronicas-da-xavega-195/
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