segunda-feira, 23 de abril de 2018

eu sou nunca



relíquia do baú


sou o que não devia ser
sempre fui sempre serei

perdi a noção do tempo
todos os dias são hoje
eu sou nunca

habito o labirinto
de andar por aí
a rasgar sombras

escorre-me sangue das mãos
é sempre meu mesmo se não

é sempre meu

(cais do bico; anos 70)

https://ahcravo.com/2018/04/23/os-moliceiros-tem-vela-306/

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