relíquia do baú
sou o que não devia ser
sempre fui sempre serei
perdi a noção do tempo
todos os dias são hoje
eu sou nunca
habito o labirinto
de andar por aí
a rasgar sombras
escorre-me sangue das mãos
é sempre meu mesmo se não
é sempre meu
(cais do bico; anos 70)
https://ahcravo.com/2018/04/23/os-moliceiros-tem-vela-306/
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